terça-feira, agosto 07, 2012

Poetas de Lisboa

"É bom lembrar mais vozes pois Lisboa
Cidade com poético fadário
Cabe toda num verso do Cesário
E alguma em ironias do Pessoa…”

E bem podemos acrescentar, aos poetas do poema de Vasco Graça Moura, a Lisboa de Alberto de Oliveira: “São mil os panoramas da Cidade, Surge um novo mirante em cada monte…”

A Lisboa, de Gomes Leal: “A Cidade é formosa e esbelta de manhã!
- É mais alegre então, mais límpida, mais sã…”

A Lisboa de Álvaro de Campos: “Acordar da cidade de Lisboa, mais tarde do que as outras,
Acordar da Rua do Ouro, Acordar do Rossio, às portas dos cafés, Acordar…”

Acordar na Lisboa sob névoa, de Fiama Hasse Pais Brandão: “Na névoa, a cidade, ébria oscila, tomba…”

Ou na Lisboa de Matilde Rosa Araújo: “Nesta cidade que da mansidão faz escadas
Sono corredio nos telhados…”


Ou simplesmente retomar os poetas do poema de Vasco Graça Moura:
“Para cada gaivota há um do O’Neill
Para cada paixão um do David
E há Pedro Homem de Mello que divide
Entre Alfama e Cabanas seu perfil.
E há também o Ary e muitos mais
Entre eles o Camões e o Tolentino
Ou tomando por fado o seu destino
Ou dando do seu riso alguns sinais...”

Fotos de Francisco João (direitos reservados)

1 comentário:

  1. Ainda que não houvesse os poetas de Lisboa, o poema já estaria escrito, pois Lisboa, por si só, já encerra toda a poesia do mundo. Tem um verso a cada esquina, uma rima solta que vai e vem pelas escadinhas ... Lisboa é o poema que não se lê, que não se declama. É o poema que se vê, que se sente.
    Gostei muito deste post.

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