terça-feira, agosto 14, 2012

A banhos no Terreiro que foi do Paço

O Terreiro que foi do Paço da Ribeira, quando no século XVI para ali se mudou D. Manuel I e depois lá se fixou D. João III, foi chamado de Praça do Comércio pelo Marquês de Pombal, que ali ergueu o ponto de partida da reconstrução de Lisboa, após o Terramoto de 1755. Foi residência de reis e foi o Cais das Colunas, pelo qual desembarcaram em Lisboa o Gungunhana e Isabel II.
Também conhecida, na Europa, por Praça do Cavalo Negro, tem ao centro a belíssima estátua equestre de D. José, da autoria de Machado de Castro: 14 metros de altura (estátua e pedestal), 30 mil quilos de bronze (cavaleiro e cavalo), sobre um pedestal de pedra lioz.




Pois o cais da Praça do Comércio, ou do Terreiro do Paço, de onde D. José olha o Tejo, não é de
agora, por causa do calor ou da crise, que serve de episódica praia de banhos, como pode ver-se na foto tirada do rio. Dizem as crónicas que em tempos se organizavam no local banhos semanais, nos quais lisboetas mais ousados se banhavam nus e nuas, para escândalo dos mais discretos.
Enfim, os tempos mudam.
Fotos de Francisco João (direitos reservados). Texto de João Francisco.

1 comentário:

  1. Em tempos ouvi que a Rua Augusta não se chamava assim mas que ganhara o nome por ser conhecida como «a rua do arco da Augusta»: porque pelo arco passaria à noite Augusta, nome da amante do rei ou do marquês - já não me recordo. Terá isto alguma veracidade?

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