segunda-feira, abril 13, 2015

Espanhóis Deslumbrados: "Lisboa é outra coisa"

28
Deslumbrante e multicultural, a capital portuguesa tem cada vez mais admiradores. Tranquilos hotéis, vida de bairro, noites inesperadas e tabernas familiares. Assim dá gasto. É nestes termos que espanhóis que nos visitaram falam de nós. Dá gosto.
«Lisboa foi a capital europeia com maior crescimento de turismo em 2013», escreve Xavier Martin, com data de 10 de Abril deste ano, na secção El Viajero, do jornal El País, depois de uma visita a Lisboa. Posto isto, o articulista do jornal de maior expansão em Espanha, sai à procura das razões que motivam esta procura. E encontra-as: «Lisboa é outra coisa», constata.
Vihls
Para conhecer a cidade, El Viajero viaja no elétrico 28: do Cemitério dos Prazeres sobe à Praça Camões, passa à porta da Brasileira e perto da Livraria Bertrand: querendo, apeia-se e vê a cidade de perto. É assim que pode admirar as lojas de café em grão na Rua Garrett, a Igreja de São Roque, a Confeitaria Nacional, mais «as santas paredes de Lisboa» pintadas por Vhils, PixelPancho ou Tamara Alves.
Não há um centro na cidade e El Viajero descobre vários centros de interesse: a Lisboa das «compras dos angolanos ricos», na Avenida da Liberdade; a Lisboa multicultural da Rua da Palma ou da Rua do Benformoso, cidade «com tantas cores como continentes». Lisboa é a tradição do fado, em Alfama. E o viajante espanta-se que Lisboa «resista ao transformismo turístico», e também que permita ao viajante circular entre «segurança quase absoluta e a educada paciência do autóctone».
Fado
O viajante passou noitadas no Cais do Sodré e no Bairro Alto convivendo com «bebedores superresistentes»; mas também descansou nas «sombras tranquilas» do Jardim das Amoreiras, junto à Mãe d’Água; e no Museu da Cidade descobriu Bordalo Pinheiro e concluiu: «Se Barcelona tem Gaudi, Lisboa tem Rafael Bordalo Pinheiro, aquele arquitecto, este  desenhador, aguarelista, ilustrador, decorador, caricaturista político e social, jornalista, ceramista».
O roteiro da cidade de Lisboa de El Viajero passa a incluir: o Cemitério Inglês, o Museu Militar, o Ateneu Comercial, o Jardim Tropical, Vila Berta, Campo de Ourique, um copo ao fim da tarde no Procópio. E algumas tascas: o Zé dos Cornos, O Trigueirinho, a Taberna da Rua das Flores, o Churrasco da Graça, a Provinciana, 
Taberna
 a Reviravolta, o Doce Real.

E numa cidade de Sete Colinas, El Viajero descobriu também que há locais que não só têm que ver como de onde Lisboa se vê melhor e se vislumbra no longe: do alto do Parque, da Penha de França, do Jardim do Torel, de Nossa senhora do Monte, de Santa Luzia, de São Pedro de Alcântara.
Deslumbrados com Lisboa. Dá gosto!
Texto e fotos Beco das Barrelas

Sem comentários:

Enviar um comentário