segunda-feira, setembro 08, 2014

Mobilidade em Lisboa

Passeios e conferências integram a Semana Europeia da Mobilidade em Lisboa, de 16 a 22 de Setembro, com atividades em toda a cidade que visam promover meios de transporte alternativos.
A iniciativa é da Comissão Europeia, sendo organizada na capital portuguesa pela Câmara de Lisboa.
O objetivo é promover alternativas de transportes “mais sustentáveis”, como é o caso dos transportes públicos, da bicicleta ou da caminhada, afirmou à Lusa o diretor municipal de Mobilidade e Tráfego da autarquia, Tiago Farias.
Segundo Tiago Farias, Lisboa “está no caminho certo” para inverter a situação de grande aumento da taxa de motorização, “mas ainda tem um longo percurso a percorrer para chegar ao objetivo de ser uma cidade sustentável”.
Falta sobretudo uma rede de transportes públicos de qualidade e uma mudança dos comportamentos dos munícipes, assinalou o responsável, referindo que é nesse sentido que é importante criar iniciativas como a Semana Europeia da Mobilidade.
Isto é, falta quase tudo mas há uma Semana da Mobilidade, com passeios pedonais e de bicicleta, conferências e atividades ao ar livre. A semana termina com o Dia Europeu Sem Carros, no dia 22, no qual os munícipes são desafiados a ir de bicicleta para o trabalho.
A iniciativa do Dia Europeu sem Carros começou a ser seguida em Portugal em Setembro de 2000. Nesse ano, às oito da noite do “Dia sem Carros”, as televisões exibiram ministros, autarcas, gestores e outras personalidades a circularem de metro, autocarro, carro elétrico, bicicleta, trotinete, de patins e mesmo a pé. No ano seguinte, já de patins calçados, o governo da época deixou cair a iniciativa à qual, aliás, os automobilistas já não achavam graça nenhuma. E, daí por diante, o “Dia sem Carros” passou a ser meramente simbólico. 

A mais antiga iniciativa de Lisboa sem carros data de 1686. D. Pedro II mandou gravar em pedra e implantar na Rua do Salvador, uma transversal entre a Rua das Escolas Gerais e a Rua de São Tomé, uma determinação para regular a circulação e as prioridades de coches, seges e liteiras, que geravam com frequência situações de confronto na zona. 
Será a mais antiga placa de sinalização de trânsito de Lisboa e ainda lá está: 
Anno de 1868: Sua Magestade ordena que os coches, seges e liteiras que vierem da Portaria do Salvador recuem para a mesma parte. 


Sem comentários:

Enviar um comentário