quinta-feira, novembro 14, 2013

Voltas ao Mundo em Lisboa


Um Fernão de Magalhães com 2,63m de altura, de espada em riste, projeta-se sobre um canhão montado na amurada de um navio de pedra, procurando no horizonte os 360 graus de uma circum-navegação. O navegador está ali de bronze e expectante. Provavelmente, Magalhães interroga-se sobre o que está ali a fazer.

Fernão de Magalhães está ali na qualidade de réplica da estátua que lhe ergueram na Praça principal da cidade de Punta Arenas, nas terras de Magallanes, no extremo da Antártica Chilena. E toda a gente compreenderá o que faz naquela ponta do Mundo o circum-navegador.

Mais curiosidade levantará a localização de Fernão de Magalhães em Lisboa, no cruzamento da Avenida Almirante Reis com as ruas Morais Soares e a António Pereira Carrilho. A Praça recebeu a denominação do Chile, em homenagem à República Chilena, em 1928, e a estátua oferecida pelo Chile a Portugal lá foi implantada em 1950, vinte anos após o lançamento da primeira pedra.

E como a diplomacia e a toponímia têm razões que a razão não entende, para retribuir à República do Chile a amabilidade da oferta da estátua de Magalhães, Lisboa plantou na Avenida da Liberdade uma placa evocativa do venezuelano Simon Bolivar.

Estamos quites.

 

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