O
vice-presidente do Instituto de Engenharia de Estruturas, Território e
Construção do Instituto Superior Técnico,
declarou
perante os deputados da Assembleia Municipal de Lisboa que "se houver uma
repetição do sismo de 1755, um terço de Lisboa fica em escombros".
Especialmente
porque a reabilitação urbana na cidade está a ser "um 'peeling' aos
edifícios" [uma mera intervenção estética]. "Melhoram-se as condições
de habitabilidade e o aspecto dos prédios e pronto", considerou, afirmando
que fica de fora o reforço do edificado.
O
especialista, Mário Lopes, defendeu também que "a legislação actual como
está vale zero" quanto à obrigatoriedade de adequação sísmica das
construções, pelo que é "urgente promover nova regulamentação".
Assim,
"é necessário fazer o reforço dos edifícios", uma vez que "60%
dos edifícios em Lisboa não foram feitos para resistir a sismos", alertou.
"Estamos
em cima de um barril de pólvora com o rastilho a arder e não sabemos quando vai
rebentar", acrescentou Mário Lopes perante os deputados municipais,
criticando o facto de muitos prédios na baixa de Lisboa terem pilares cortados
no piso térreo.
texto dos jornais de 5 de Janeiro de 2017
Fotos Francisco / Beco das Barrelas
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