A Praça, ou Rossio,
também era de palácios. No Palácio dos Estaus, nas traseiras do Rossio, D.
Sebastião recebeu do cardeal D. Henrique o governo do Reino. De onde saiu agora
uma esquadra da PSP foi em tempos a Intendência da Polícia. No século XIX, o Rossio
era de touradas, festivais, feiras, paradas militares, festas e revoluções. A memória
mais negra é a dos autos-de-fé da Inquisição e das execuções capitais.
O café Nicola que
hoje conhecemos no Rossio tem fachada do século XX. O Nicola original fechou em
1834. Era o poiso habitual de Manuel Maria Barbosa du Bocage e quantos poemas rimam
com Nicola! Era grande a concorrência entre Nicola, Brasileira do Rossio, Café Suisso
(com dois esses), Café Martinho, Café Chave de Ouro. Este ficou na História por
uma frase do General sem Medo: «Obviamente, demito-o».
Quanta História
quantas histórias
passam por nós no Rossio.
quantas histórias
passam por nós no Rossio.
E para que o seu fique com seu dono,
a frase “Passa por mim no Rossio” é um verso de um poema de João Villaret, intitulado Recado a Lisboa:
a frase “Passa por mim no Rossio” é um verso de um poema de João Villaret, intitulado Recado a Lisboa:
Com o teu xaile traçado
Recebe esta carta minha
Que te leva o meu recado
Que Deus te ajude Lisboa
A cumprir esta mensagem
De um português que está longe
E que anda sempre em viagem
Vai dizer adeus à Graça
Que é tão bela, que é tão boa
Vai por mim beijar a Estrela
E abraçar a Madragoa
E mesmo que esteja frio
E os barcos fiquem no rio
Parados sem navegar
Passa por mim no Rossio
João Villaret dizia,
muitos cantaram, Ana Sofia Varela,
muitos cantaram, Ana Sofia Varela,
Texto e fotos
Beco das Barrelas
Na disputa também entrava o Café Gelo. Surrealistas, outros istas e também umas mariquices que hoje seriam completamente inocentes!
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